quinta-feira, 13 de agosto de 2015

VISUAL MERCHANDISING A nova corrente que elege a roupa como protagonista

Do passado, tudo já foi dito ou revisitado. Daqui para diante o foco será a roupa como o centro de todas as atenções: o que construirá um cenário onde o ineditismo será muito mais percebido naqualidade do material, do que através de um visual novo; e onde a exigência de traquejo para os negócios será superior. Há quem enxergue nesta definição, o futuro da indústria da moda, e há também quem encare a adoção desse cenário agora, como um passo à frente de toda a concorrência. É da mudança para este tipo de visão, onde a roupa se torna a grande protagonista de toda lógica do ciclo da moda, que identificamos o crescimento de uma nova corrente de estilo, nas práticas de Visual Merchandising utilizadas no segmento jeanswear. 

Nesta nova proposta, ao invés de mergulhar o observador para uma ambiência de fantasia relacionada à marca, o produto torna-­se o foco de toda a visibilidade. E por produto, entenda­-se a venda tanto de um artigo, como da ideia de coordenação de um look completo. O elemento “sedução” é mais real, e se coloca através da mensagem direta de um ambiente profissional, organizado, e voltado para realizar negócios. 

Na decoração dos estandes, esta forma de pensar a moda vem se tornando cada vez mais numerosa, e vem sendo explorada tanto pela exposição isolada, quanto pela repetição do produto chave do mix em posição de absoluto mise en scéne e visibilidade; quase sempre dispensando o manequim em prol de formas de apresentação mais práticas, criativas e curiosas. Um bom exemplo está no moletom esticado da Pic de Nore, a qual torna clara a importância do mix de malhas na coleção, enquanto os demais ítens, dobrados e organizados como coadjuvantes, proporcionam imediata compreensão da cartela de cores, materiais e demais produtos da coleção. Nesta mesma lógica, porém trabalhando a repetição do item, temos as calças “vaso de plantas” da Fracomina, e as calças e camisas penduradas na parede das marcas Venti e Camp David, respectivamente. A idéia fundamental gira em torno de jogar toda a atenção para o produto principal, através de formas criativas e até conceituais de dobrar, pendurar ou esticar fora do manequim, montando um espaço onde a roupa é o tema da decoração, e o ambiente, conduz ao diálogo e à reflexão. 

Já nos estandes onde o produto vendido não foi apenas um tópico, mas sim a conveniente prestação de um serviço de styling completo, os manequins completamente vestidos foram novamente requisitados. Porém, fora de um contexto de fantasia, e organizados em leitura prática, ágil e funcional através do enfileiramento. Assim, na Salsa Jeans looks completos sintetizando as roupas essenciais da estação, foram elevados às alturas, para atrair os lojistas à uma mesa de comes e bebes, oportuna e convidativa ao exercício do fashion business. Já na Reset, estilos masculinos dispostos tal qual um corredor de supermercado, induzem ao pensamento da compra e venda de produções completas, e organizam a leitura do visual proposto da temporada, tornando indiscutível suas possibilidades de coordenação e funcionalidade. 






Fonte: Guia JeansWear

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